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Decorria o ano de 2011, quando surgiu o convite para abraçar a Enologia na Casa José Repolho, que tenho mantido ao longo da última década, a par com a colaboração com outros produtores na região de Lisboa & Tejo. Esta colaboração tem sido desafiante, pois marcou uma transição no posicionamento das marcas e consequentemente, da própria adega. Foi uma oportunidade que nos levou a reconhecer, que poderíamos potenciar de outra forma, a elevada qualidade que conseguíamos produzir, para criar novos vinhos, mais genuínos, únicos, com carácter.
O trabalho do Enólogo não se esgota na adega, na verdade inicia-se muito antes do inicio da vinificação, ou da escolha da origem e tosta da madeira das barricas que utilizamos para o estágio dos vinhos com maior potencial. Na Casa José Repolho, conhecemos e acompanhamos as vinhas durante todo o seu ciclo, intervimos e aconselhamos os nossos “parceiros-produtores”, de forma consistente, como se fossem vinhas próprias, para termos as uvas que nos permitem garantir a qualidade, perfil e tipicidade/autenticidade, que caracteriza as marcas da Casa José Repolho, em respeito pela natureza e biodiversidade.
Nascer e crescer no interior de Portugal, despertou em mim uma consciência social sobre a importância da vinha e da produção do vinho. Era a vinha que permitia um rendimento extra ao assalariado, muitas vezes utilizado na educação dos filhos. Era um fator de desenvolvimento, e de diminuição de diferenças sociais.
Tenho desenvolvido ao longo dos anos, um trabalho diversificado e comprometido com a minha profissão, que também é a minha “paixão”, e ser reconhecido pelos meus pares, como um dos “Top Five - Melhores Enólogos” em 2011, no “Wine Masters Challenge - World Wine Contest”, foi um motivo de orgulho e satisfação! Mas acredito que o meu melhor ainda estará para vir!